São Paulo, quarta-feira, 25 de outubro de 1995 |
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Arrieta diz ter dado dinheiro a policial
SERGIO TORRES
Arrieta, 44, é acusado de formar quadrilha para fraudar a Previdência e de corrupção ativa contra funcionários do governo federal. O empresário disse que emprestou cerca de US$ 10 mil para Espíndola quitar a compra de um imóvel. Souza Cruz teria viajado de graça entre Brasília e Rio. Arrieta alegou ser amigo dos policiais. Espíndola e Souza Cruz são acusados de corrupção passiva. O argentino disse que teme ser obrigado a devolver os US$ 3 bilhões que, segundo a Procuradoria da República, teria desviado do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). No depoimento, ele disse ser absurda a acusação de que teria fraudado o INSS. “Não sei por que estão fazendo isso comigo. Sempre trabalhei. Não sei onde estão estes US$ 3 bilhões. Como é que vou devolver isso? Me chamam de Escadinha, Al Capone, Escobar das fraudes. Estou sendo massacrado. Sou inocente”, disse ele. O advogado Sérgio Macedo anunciou que pedirá hoje ao TRF (Tribunal Regional Federal), do Rio, a libertação de Arrieta, preso na PF (Polícia Federal) desde o último dia 6. O empresário afirmou, ainda, que está sendo vítima de perseguições políticas por parte dos deputados que integraram a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Câmara responsável pelas investigações das fraudes do INSS. Transferência Os procuradores da República Alex de Miranda e Artur Gueiros pediram à Justiça Federal a transferência de Arrieta para o Batalhão de Choque da Polícia Militar. Segundo Gueiros, 28, Arrieta tem desfrutado de regalias na carceragem da superintendência da PF no Rio, onde está preso. De acordo com o procurador, Arrieta está em cela especial, apesar de não ter apresentado diploma de formação universitária. Texto Anterior: Governo lança programa para divulgar país Próximo Texto: Bancários da CEF começam greve hoje Índice |
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