São Paulo, quarta-feira, 25 de outubro de 1995 |
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Sem convite, Arafat é expulso de concerto
DANIELA FALCÃO
Arafat e o presidente de Cuba, Fidel Castro, foram os únicos líderes que vieram a Nova York que não foram convidados para a apresentação. A determinação de deixá-los dois de fora foi do prefeito Rudolph Giuliani, anfitrião do concerto. Mesmo sem receber o convite, Arafat apareceu no Lincoln Center (complexo de teatros em Nova York) por volta das 20h45 de anteontem (18h45 em Brasília), acompanhado por um oficial da OLP, um casal e três mulheres. A segurança ficou sem saber o que fazer e deixou Arafat entrar. Ele se sentou com sua comitiva no lado direito da sala de concertos, próximo ao palco. Minutos depois, as luzes se apagaram, e a Filarmônica de Nova York começou a apresentação (eles tocaram a Nona Sinfonia de Beethoven). No meio espetáculo, o chefe do cerimonial de Giuliani, Randy Mastro, abordou Arafat e pediu que ele se retirasse, afirmando que ele não havia sido convidado. Arafat trocou algumas palavras com Mastro e saiu, acompanhado por sua comitiva. Ontem, Giuliani afirmou que havia deixado claro que Arafat e Castro não eram bem-vindos em nenhum dos três eventos que a prefeitura ofereceu. "Ele não foi convidado e apareceu porque quis. Quem criou o constrangimento foi ele", afirmou Giuliani. Antes de ir ao concerto, Arafat já havia provocado polêmica quando se reuniu com um grupo de aproximadamente 200 judeus norte-americanos. Um homem e uma mulher que estavam misturados à platéia interromperam o discurso de Arafat gritando que ele era um assassino. Os dois foram retirados do prédio pela polícia. (DF) Texto Anterior: ONU encerra festa e pede reforma Próximo Texto: Jiang Zemin critica os EUA Índice |
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