São Paulo, quinta-feira, 26 de outubro de 1995
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Bancários da CEF mantêm paralisação

DA REPORTAGEM LOCAL; DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os bancários da CEF (Caixa Econômica Federal) decidiram manter a greve da categoria por tempo indeterminado.
A paralisação começou ontem em todo o país. A greve atingiu 70% das agências, em média, nas capitais e 30% no interior, segundo a executiva da CEF, liderança dos bancários ligada à CUT. A direção da CEF não divulgou balanço da greve.
Em São Paulo, segundo o sindicato, 90% dos 165 locais de trabalho foram fechados e no interior, 70%. Houve protesto na agência da CEF da avenida Paulista, centro de São Paulo, com cerca de 200 pessoas, por volta das 15h, sem prejuízo ao trânsito.
A CEF tem 16 mil funcionários no Estado e 60 mil no país.
Segundo Carlos Borges, da executiva da CEF, nove Estados do Norte e Nordeste, responsáveis por apenas 8% do contingente de empregados da CEF, não participaram da paralisação.
A pedido das lideranças bancárias, o deputado federal Luiz Gushiken (PT-SP) conseguiu marcar reunião com o presidente da CEF, Sérgio Cutolo, para hoje, no prédio do banco, em Brasília.
Segundo Borges, foram protocoladas ontem as reivindicações dos bancários da CEF: reajuste de 30% mais abono de 72% do salário e R$ 200 fixos a título de participação nos lucros, os mesmos itens já garantidos em acordo com os banqueiros privados.
A direção da CEF oferece o reajuste mínimo da lei: 20,94%.
Segundo a Confederação Nacional dos Bancários, houve paralisações de 24 horas no BNB em São Paulo, Ceará e Vitória da Conquista (Bahia). No Banco do Brasil, houve greve de uma hora no Rio e Porto Alegre. No BB e BNB, a direção também oferece 20,94% e os bancários também querem 30%.
Sérgio Cutolo disse que a Caixa não pode aumentar a proposta. "Venho tentando negociar uma forma mais moderna para administrar os conflitos, mas é muito difícil a Caixa mudar a proposta salarial", afirmou.

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