São Paulo, sexta-feira, 27 de outubro de 1995
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Advogado diz não ver crime

CLÁUDIA TREVISAN
DA REPORTAGEM LOCAL

O advogado de Sérgio von Helder, Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, afirmou ontem que seu cliente praticou um ato "deplorável, mas não criminoso.
Segundo Mariz, von Helder não teve a intenção de vilipendiar a imagem de Aparecida nem de ofender os católicos.
"O que ele quis demonstrar foi que a Bíblia não aceita a idolatria, a adoração de imagens.
O delegado João Batista de Araújo disse que, durante o depoimento, von Helder declarou que não estava arrependido porque não teria cometido um crime.
Mariz vai sustentar, durante o processo criminal, que a imagem agredida por von Helder não é um "objeto de culto religioso, nos termos do artigo 208 do Código Penal. Se provar sua tese, o crime será descaracterizado.
O advogado afirmou que uma emissora retirou deliberadamente o som da cena em que o bispo aparece com a imagem da santa para "vender a falsa idéia de que a estaria agredindo.
Na cena com o som, segundo Mariz, o bispo toca a imagem com as mãos e os pés dizendo "isso é de gesso". Com o gesto, estaria apenas ilustrando sua opinião contra a idolatria.
(CT)

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