São Paulo, sexta-feira, 27 de outubro de 1995
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Justiça condena cardiologista por violência sexual

VALMIR DENARDIN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SOROCABA

O médico cardiologista Antonio Roman Gongora Júnior, 35, foi condenado a sete anos e meio de prisão pela Justiça de Sorocaba (87 km de São Paulo), sob a acusação praticar violência sexual contra um garoto de 12 anos.
Por ser réu primário, Gongora Júnior poderá recorrer da sentença em liberdade. O médico diz ser inocente (leia texto ao lado).
O médico foi condenado com base nos artigos 214 (atentado violento ao pudor) e 224 (violência presumida contra menores de 14 anos) do Código Penal.
Ele foi absolvido em primeira instância em um processo semelhante, em que foi acusado de molestamento sexual de outro garoto, também de 12 anos.
A Promotoria Pública de Sorocaba recorreu da absolvição. O pedido ainda não foi julgado.
O molestamento sexual de R.A. (caso julgado anteontem), hoje com 16 anos, teria acontecido entre 91 e 92. O garoto teria procurado atendimento no hospital Santa Lucinda, devido a um problema cardíaco chamado "sopro inocente" (som produzido pelo coração).
Segundo o garoto, o médico, que trabalhava no hospital, pediu que ele fosse até sua clínica.
R.A. disse que o médico pedia para ele entrar sozinho no consultório e o mandava tirar a roupa.
Segundo R.A., Gongora Júnior introduzia um aparelho cilíndrico de metal em seu ânus e teria tentado praticar sexo anal com ele.

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