São Paulo, sexta-feira, 27 de outubro de 1995 |
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Congresso se divide sobre união civil de homossexuais
DANIELA PINHEIRO; GUILHERME EVELIN
O projeto da deputada legaliza também o direito ao recebimento da herança do companheiro(a) do mesmo sexo e dá direitos em comum a benefícios da Previdência Social. "Mas é preciso ficar claro que não autoriza casamentos, e sim uniões civis", disse ela. Pela Constituição, casamento é o instrumento jurídico para a construção da unidade familiar, o que inclui filhos. O projeto da deputada não trata do assunto. "A lei atual permite que qualquer pessoa adote uma criança, mesmo que seja homossexual. Claro que essas características podem complicar um pouco o processo", afirmou. A principal finalidade do projeto, segundo ela, é possibilitar por meio jurídico que pessoas do mesmo sexo se relacionem com a sociedade, com os mesmos direitos. No Congresso, entre os que apóiam o projeto da deputada está o presidente da Câmara, Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA), que afirmou à Folha ser "simpático" à idéia, mesmo sob risadas do conterrâneo, o deputado Geddel Vieira Lima (PMDB). Também favorável ao projeto é o deputado Roberto Campos (PPR-RJ). "Não tenho nada contra", disse. Para o senador Esperidião Amin (PPB-SC), a união de homossexuais não é matéria prioritária de votação. O deputado Pinheiro Landim (PMDB-CE) disse achar a proposta "esquisita". "Mulher com mulher não me choca muito. Mas eu não convidaria um casal de homens para ir à minha casa", afirmou o deputado Wigberto Tartuce (PPB-DF). "Eu acho que a vida tem que ser como Deus programou, homens com mulheres", disse o deputado Moisés Lipnik (PTB-RO). (Daniela Pinheiro eGuilherme Evelin" Texto Anterior: Flagrante contra juiz foi farsa, considera TJ Próximo Texto: OS PRINCIPAIS PONTOS DO PROJETO Índice |
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