São Paulo, sexta-feira, 27 de outubro de 1995 |
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'Sou de carne e osso', diz Silva
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
"Nunca fui tão xingado na minha vida. Quando o time entrou em campo, já me chamavam de burro", reclamou. "É um grupo organizado. São uns cinco ou seis elementos que ficam perto do alambrado falando bobagem." Segundo o técnico, no entanto, se os xingamentos voltassem a ocorrer, ele não repetiria o ato. "Na vida a gente está sempre aprendendo. Numa próxima vez, não sairia. Contra o Goiás, fui pego de surpresa." Silva havia dito que, se a diretoria não aceitasse suas explicações, não haveria problemas. "Não dependo do futebol para viver. Não puxo o saco de ninguém, não tenho rabo preso com ninguém." O treinador enfatizou diversas vezes o problema que vivem os técnicos no Brasil. "Aqui você não tem estabilidade, está sujeito a tudo. Já estou acostumado", declarou. Silva, que ressaltou o apoio que recebeu do elenco, garantia à tarde que não pediria demissão. Ele lembrou que o Palmeiras só não se classificou no primeiro turno do Brasileiro na última rodada e que iniciou bem o segundo turno. "Foram três jogos, dois fora de casa, e seis pontos. O saldo é positivo", afirmou. "O problema do Palmeiras é o pouco tempo para trabalhar. O time não é o mesmo esquadrão do ano passado", lembrou. À noite, após ser demitido, o ex-treinador do Palmeiras não foi localizado. (JCA) Texto Anterior: Palmeiras demite técnico após reunião com Parmalat Próximo Texto: Jogadores voltam a reclamar da diretoria Índice |
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