São Paulo, segunda-feira, 30 de outubro de 1995 |
 |
|
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Casamento de franquias
MARCELO CHERTO Faz tempo que esta coluna fala de uma estratégia de expansão e ocupação de mercado cada vez mais utilizada nos EUA: a combinação de franquias. Ou seja, a instalação, em um mesmo espaço, sob o mesmo teto, de duas ou mais franquias de marcas diferentes, que se complementam.Algumas vezes, trata-se de franquias controladas por uma mesma empresa. Como é o caso das combinações envolvendo uma sorveteria Baskin Robbins e uma loja Dunkin'Donuts, cujas empresas franqueadoras são controladas pelo grande conglomerado Allied-Domeq, de origem britânica. Em outros casos, unem-se franquias totalmente independentes uma da outra. Como tem ocorrido com a Arby's (sanduíches de rosbife) e a Sbarr's (fast-food de comida italiana). Ou os restaurantes Carl's Junior (hambúrgueres) e a Long John Silver (frutos do mar) num mesmo endereço. O motivo dessas uniões é a necessidade de otimizar a rentabilidade de cada metro quadrado de cada loja. Um objetivo que uma combinação bem estudada permite alcançar. Um exemplo é a dupla Dunkin'Donuts e Baskin-Robbins. Nos EUA, o forte de uma loja Dunkin'Donuts é o café da manhã. A tal ponto que, na média, 70% do faturamento diário acontece antes do meio-dia. Já numa sorveteria Baskin-Robbins, se dá exatamente o oposto: 70% das vendas ocorrem depois das 15 horas. Junte as duas e você consegue uma loja que chega mais perto de seu potencial máximo. Meu único conselho aos franqueadores brasileiros que estejam pensando em partir para algo parecido é que façam a coisa com muito cuidado e planejamento. Do contrário, todo mundo pode sair perdendo. Texto Anterior: Seguros, uma definição necessária Próximo Texto: O modelo de Santa Catarina Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |