São Paulo, segunda-feira, 30 de outubro de 1995 |
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Prostitutas ainda tiram virgindade de garotos
RONALDO SOARES
Há quem defenda a procura por prostitutas como uma maneira mais fácil de se “desinibir”. É o caso do estudante Robson Lourenço Filho, 18. “Até os 16, era tímido, não conseguia nada com as meninas. Com as prostitutas, fui me abrindo, apesar da Aids”. Outros são pegos de “surpresa”, como Rodolfo Abrantes, 22, vocalista dos Raimundos. A música “Puteiro em João Pessoa” é autobiográfica: “Foi num puteiro em João Pessoa, descobri que a vida é boa, foi a minha primeira vez”. Ela narra a primeira experiência sexual de Rodolfo, vivida em um prostibulo aos 13 anos. “Eu estava de férias na Paraíba. Eu nunca tinha nem beijado na boca, meus primos me arrumaram uma puta. Fiquei nervoso, levei duas horas para tirar a roupa. Mas fiz tudo e desencanei”, diz. Mas Rodolfo não recomenda a experiência. “Hoje tem o problema da Aids. Não é preconceito, porque as prostitutas se cuidam. É muito arriscado mesmo”. Para a prostituta Keithe, 25, os garotos só sabem que "para transar precisam usar camisinha”. “Se bem que, uma vez, teve um rapaz virgem que não queria usar porque achava que camisinha apertava os testículos. Ensinei a ele o sexo e a usar camisinha corretamente”. Há prostitutas que entendem e tentam ajudar. “Os meninos têm medo, acham que dói. Digo que a primeira vez da mulher é que é difícil “, diz Viviane, 30. Próximo Texto: Noite de sexo vira presente Índice |
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