São Paulo, segunda-feira, 30 de outubro de 1995 |
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120 empresas aprovaram projetos
FERNANDO CANZIAN
Angélica Mesquita, do Ministério da Cultura, diz que os projetos têm sido aprovados em 30 dias. No primeiro ano de vigência da Lei Rouanet (1992), a demanda por projetos atingiu apenas 2% do teto fixado pelo governo. Em 93 e 94, ficou estagnada em 6% do teto (ver quadro nesta página). Em 96, poderá ultrapassar a marca dos 10%. Charles Holland, da consultoria Ernest & Young, diz que a tendência é de as empresas aumentarem a procura e, em consequência, a facilidade de artistas e produtores culturais em conseguir patrocínio. Uma das características da Lei Rouanet é permitir às empresas que têm lucro um melhor aproveitamento dos incentivos fiscais. Além de ampliar os incentivos da Lei Rouanet, o governo está emprestando a produtores culturais uma das verbas mais baratas hoje disponíveis no Brasil. Trata-se de uma linha de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que financiou este ano filmes de sucesso como "O Menino Maluquinho" e outros menos famosos como "Um Céu de Estrelas" e "Os Matadores". O dinheiro pode ser tomado por qualquer empresa que tenha cadastro compatível com o volume do crédito desejado. É a rede bancária quem faz a intermediação. O empréstimo é de longo prazo (cinco anos) a juro de 22% ao ano -mais taxa de intermediação. É um juro alto em comparação com taxas internacionais, mas baixíssimo se comparado com o nível dos juros bancários atuais para créditos deste tipo: 200% ao ano. A linha de crédito existe desde 1992, e, segundo o próprio BNDES, é pouco conhecida ou divulgada. Nos últimos anos, financiou projetos como o CD-ROM (disco de computador que armazena sons e imagens) do "Dicionário Aurélio" e o filme "Capitalismo Selvagem". (FCz) Texto Anterior: Obras de teatro começam em 15 dias Próximo Texto: Mudanças nos telejornais tornaram todos parecidos Índice |
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