São Paulo, segunda-feira, 30 de outubro de 1995
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Grupo radical promete atentados contra Israel após morte de líder

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O grupo radical palestino Jihad (Guerra Santa) Islâmica prometeu ontem vingar o assassinato de seu líder, Fathi Chqaqi, 43, promovendo atentados contra judeus.
O grupo acusa o Mossad (serviço secreto de Israel) pela morte.
O governo de Malta (ilha do Mediterrâneo) confirmou ontem a identidade de Chqaqi como o árabe morto no país na quinta-feira.
Segundo o governo maltês, dois homens em uma motocicleta atiraram no líder palestino em frente ao hotel em que estava hospedado, a 6 km de Valetta, a capital do país.
Ele tinha sido identificado antes como Ibrahim Chauech, seu nome em um passaporte líbio.
Malta fez dois retratos falados dos possíveis assassinos. Eles usavam gorros de lã, apesar do calor que fazia no local.
A Jihad Islâmica é contrária aos acordos de paz entre Israel e a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) e promove ataques terroristas contra israelenses.
O premiê de Israel, Yitzhak Rabin, disse que não sabia se o serviço secreto do país era responsável pelo assassinato. "Mas com certeza não lamento a morte dele."
Um suposto membro da Força 17, uma facção da OLP, assumiu a autoria da morte em um telefonema. Ele teria dito que Chqaqi atrapalhava as negociações com Israel. A OLP desautorizou o telefonema e o atribuiu ao Mossad.
A Jihad Islâmica nomeou ontem Ramadan Abdallah Challah, 40, o novo líder da organização. Challah, um dos fundadores do grupo, foi expulso por Israel para o Líbano em 1988.

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