São Paulo, terça-feira, 31 de outubro de 1995
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Alimento tem preço justo, diz consumidor

JOSÉ ALBERTO GONÇALVES
DA REPORTAGEM LOCAL

Os alimentos estão com preços justos na opinião da maioria dos paulistanos (47%) entrevistados pelo Datafolha nos últimos dias 3 e 4.
Mais de um terço (39%), porém, avalia que os alimentos estão caros. Afirmam que estão baratos 8% dos entrevistados.
A pesquisa do Datafolha foi feita junta a 438 consumidores em feiras livres, sacolões e supermercados da cidade de São Paulo.
Nos sacolões, 55% dos consumidores consideram justos os preços dos alimentos à venda naqueles estabelecimentos.
O percentual cai para 45% nos supermercados e, nas feiras livres, para 43%.
Metade dos consumidores com renda familiar mensal de até dez salários mínimos (50%) acha que os preços estão justos.
Opinião contrária têm os consumidores com renda superior a 20 mínimos. A maioria das pessoas dessa faixa de renda (57%) afirma que os alimentos estão caros.
Tal disparidade aparece também no item escolaridade, onde metade dos entrevistados com até primeiro grau acha os preços justos.
Já entre os que têm curso superior 60% dizem que os alimentos estão caros.
No item idade, a maioria (54%) dos consumidores com 46 anos ou mais acreditam que os preços são justos.
Acha que os alimentos estão caros a maior parte (48%) dos que têm idade entre 31 e 45 anos.
Os intermediários são os vilões dos aumentos de preços, segundo 70% dos consumidores ouvidos pelo Datafolha.
Responsabilizam os comerciantes pelas altas 24% dos entrevistados. Os agricultores são citados por 3%.
Quanto mais crescem a idade, a escolaridade e a renda dos consumidores, mais os intermediários são responsabilizados pelas elevações dos preços dos alimentos.
Os comerciantes são mais responsabilizados pelos mais jovens, os menos instruídos e os segmentos de menor renda.
Os consumidores também foram questionados sobre o comportamento dos preços dos alimentos após a implantação do Real.
Acha que os preços ficaram mais caros 40% dos paulistanos. Percentagem um pouco menor (36%) afirma que os alimentos ficaram mais baratos. Dizem que os preços não mudaram 23% dos consumidores.
Pouco mais da metade do segmento (52%) com nível superior de escolaridade considera que os alimentos ficaram mais caros após a introdução da nova moeda.
Contudo a maioria da população com instrução até o primeiro grau (40%) diz que os preços caíram.

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