São Paulo, terça-feira, 31 de outubro de 1995 |
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Mãe obtém direito nos EUA de trazer a filha
DANIELA FALCÃO
Desde 1990, Jaqueline mora com o pai, Joel Francisco da Silva, 32, num barco em Long Island (Nova York). Os dois são imigrantes ilegais. Jaqueline vivia nos EUA contra a vontade da mãe. Ela foi passar as férias com o pai no fim de 1990 e deveria ter voltado ao Brasil em março de 91, mas Joel se recusou a devolver a filha. Como ele e Rosane não eram separados legalmente, a Justiça brasileira não pôde interferir. No início deste mês, Rosane foi a Nova York para tentar conseguir a guarda da filha. O juiz Leo McGinity, que cuidou do caso, demorou 22 dias para chegar a uma conclusão. Tanto Rosane quanto Joel e Jaqueline depuseram mais de uma vez. No sábado, ele enviou por escrito sua decisão aos advogados de Rosane e Joel. A intenção de Rosane era pegar a menina no próprio sábado e viajar no domingo, mas a Jaqueline se recusou a deixar o barco. "Ela disse vários palavrões e afirmou que só iria à força", disse Maria Isabel Thomas, advogada de Rosane. Jaqueline está na 4ª série e fala inglês fluente. Seu português é bastante limitado. Rosane, que é secretária do Metrô, afirmou que fará um sacrifício para que a filha estude em uma escola americana por pelo menos um ano, para que se adapte melhor. Na sexta, antes de saber do resultado do julgamento, Joel disse à Folha que não deixaria sua filha ficar longe dele. "Se o juiz decidir que ela tem de voltar, vou recorrer", afirmou. Ontem, o juiz solicitou que o Serviço de Imigração fosse acionado para deportar Joel e Jaqueline. Texto Anterior: Estudante que havia fugido volta para casa Próximo Texto: Governo decreta 'lei do silêncio' na polícia Índice |
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