São Paulo, terça-feira, 31 de outubro de 1995
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Bons atores dominam a programação

INÁCIO ARAUJO
DA REDAÇÃO

Em dia de decepções, é possível, em todo caso, refugiar-se nos elencos. E elenco é o que não falta em "Negócios de Família" (Globo, 22h30).
Não vamos encontrar o Sidney Lumet de seus melhores momentos, como se, neste filme de 1989, já tivesse dado o que tinha de dar.
Existe, porém, um toque de cinismo nas relações familiares, em que vovô Sean Connery decide tomar as rédeas de um golpe a pedido do neto (Matthew Broderick), quando o filho (Dustin Hoffman) tira o corpo fora.
São três atores a levar em conta, em qualquer circunstância. Mas, de algum modo, o que dá substância ao filme -como sempre que trabalha em filme menor- é Sean Connery.
Sean Connery é o princípio e o fim de tudo, como se entrasse na história para demonstrar que seu carisma ainda é um dos maiores do cinema moderno.
Mas não é só de carisma que vive, em todo caso. Ao interpretar um personagem amoral, injeta-lhe um sopro de moralidade. Talvez não venha dele, mas do filme.
O fato é que o ator a incorpora, a carrega consigo, como um antídoto ao cinismo da personalidade que vive -antídoto essencial ao filme. Também na Globo, à 1h, há Michael Caine, em "Minhas Idéias Assassinas". É um ator especialista em aceitar papéis em filmes secundários e, apesar disso, impor respeito.
Fred MacMurray -mais lembrado como o rival de Jack Lemmon em "Se Meu Apartamento Falasse" (1960)- entra em um pequeno faroeste, "Audácia de Forasteiro" (Record, 13h45) e também mostra do que é capaz.
Por fim, um trio respeitável em "Sangue de Romeo" (Record, 21h30): Gary Oldman, Lena Olin e Annabella Sciorra.
(IA)

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