São Paulo, quarta-feira, 1 de novembro de 1995
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Magalhães causa confusão na CCJ

GABRIELA WOLTHERS; DENISE MADUEÑO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A atuação do presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), deputado Roberto Magalhães (PFL-PE), provocou críticas, tumulto e confusão no último dia de votação da reforma administrativa.
À tarde, o PT entrou com um recurso na Mesa da Câmara contra a atitude de Magalhães de transferir decisões de sua responsabilidade para o plenário da comissão.
O PT reclama que o presidente, usando as normas de funcionamento da Câmara (Regimento Interno), deveria ter colocado em votação os "destaques" feitos durante a votação.
O resultado é que o governo, que tinha maioria, evitou que grande parte dos destaques, contrários aos interesses do Executivo, fosse votada.
"Dei uma solução democrática. Não quis ser autoritário", disse Magalhães. "Não é uma questão de autoritarismo. É uma questão de autoridade", respondeu o deputado Marcelo Déda (PT-SP).
Durante algumas votações, o presidente da CCJ trocou números de emendas e de votos, confundindo os deputados no encaminhamento das votações.
Para decidir se o voto "sim" era a favor do governo e o "não" era contra, Magalhães presidiu 20 minutos de discussão. Precisou ser auxiliado pelos assessores técnicos da comissão.
(Denise Madueño e Gabriela Wolthers)

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