São Paulo, quarta-feira, 1 de novembro de 1995
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Centro atrai pobre, diz arquiteta

O Seminário Internacional "Centro 21" terminou ontem com a conclusão de que, independente da situação econômica das diferentes cidades globalizadas, as áreas centrais se tornam espaço propício para a presença de pobres.
"Os pobres não ficam mais na periferia ou em cortiços, eles estão no centro", disse a arquiteta Regina Prosperi Meyer, coordenadora do evento.
Além disso, segundo Regina, o seminário deixou bastante claro que todas as áreas centrais só têm suas condições físicas melhoradas a partir de um sistema de transportes público coordenado com base no metrô.
Isso se aplicaria inclusive a São Paulo, pois o centro da cidade, de acordo com a arquiteta é bem servido de linhas de metrô, o que garante uma grande mobilidade e acessibilidade, fundamentais para uma região central.
No seminário de ontem discutiu-se a necessidade de se criar mais espaços públicos e que esses espaços levem em conta um projeto ou alguma atividade, principalmente cultural, para atrair as pessoas.
Segundo o arquiteto norte americano David Gosling, a violência afastou as classes altas dos espaços públicos, que são frequentados apenas por pobres e marginais, não havendo uma possibilidades de contato entre as classes.

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