São Paulo, quinta-feira, 2 de novembro de 1995
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Pastor foi afastado do Exército há dez anos

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O pastor Ronaldo Didini foi obrigado a deixar o Exército em 1985 por ter apresentado "problemas psicológicos" em testes psicotécnicos.
Em solidariedade ao bispo Sérgio Von Helder, que chutou e deu socos em uma imagem de Nossa Senhora Aparecida, no último dia 12, o ex-apresentador do programa "25ª Hora", da TV Record, disse que o ato exagerado do bispo era para reforçar a doutrina da Universal, que rejeita o culto a santos.
Didini ressalvou porém que achou exagerado o ato de Von Helder. Por causa dessa solidariedade, foi retirado da apresentação do programa de TV e da direção da ABC (Associação Beneficente Cristã), entidade da Universal criada para atuar na área social.
Didini entrou no Exército em 1976 e frequentou a Escola Preparatória de Cadetes, em Campinas (SP), durante três anos.
Ficha
Segundo documentos do Exército, o desconforto do pastor com a vida no quartel começou a se manifestar em 1984.
Em 1985, já como primeiro-tenente, Didini foi considerado "sem condições de prosseguir" na carreira militar.
Segundo a Folha apurou, o pastor apresentou problemas de convivência e atitudes consideradas prejudiciais à carreira militar.
Em 1985, Didini registrava momentos frequentes de depressão e tensão e teria chegado a passar períodos em isolamento.
Na Igreja Universal, ele é um dos pastores mais agressivos na defesa da igreja liderada por Edir Macedo.
Foram as suas declarações em solidariedade a Von Helder que obrigaram o bispo Edir Macedo a pedir desculpa oficialmente aos católicos pela atitude do pastor que chutou a estátua da santa.

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