São Paulo, quinta-feira, 2 de novembro de 1995
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Governo prevê PIB crescendo menos

FRANCISCO SANTOS
DA SUCURSAL DO RIO

A quebra de expectativa em relação à retomada do crescimento econômico a partir de agosto fez com que o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) revisse sua previsão de crescimento da economia brasileira este ano de 5,7% para 4,9%.
O Ipea é um órgão do Ministério do Planejamento. A nova previsão consta do "Boletim Conjuntural" do órgão e se opõe à que havia sido feita na "Carta de Conjuntura" de setembro.
Em agosto, a previsão para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto, soma dos bens e serviços produzidos) era de 5,1%.
Em junho o Ipea previa crescimento de 6,4% para este ano. Em julho, reduziu para 5,9%.
Com isso, esperava-se um reaquecimento da atividade. Considera disse que a tendência de declínio efetivamente se reverteu, mas de forma muito tímida.
O indicador Ipea da atividade industrial -estimativa com base nos resultados de alguns setores- apontou crescimento de 0,6% em setembro em relação a agosto, após apresentar taxas declinantes desde o começo do ano.
Esse número acabou sendo insuficiente para reverter a curva declinante do índice acumulado. De acordo com o Ipea, mesmo com a indústria crescendo moderadamente, os resultados positivos sobre a produção econômica só irão aparecer em meados de 96.
O motivo é que são muito elevadas as bases contra as quais serão comparados os dados dos próximos períodos. Foi justamente no quarto trimestre de 94 e no primeiro de 95 que a economia brasileira mais cresceu nos últimos anos.
A produção industrial tem dois números no boletim. Pelo PIB, ela cresce 5,1%. Na tabela de produção industrial, o número é 4,8%.
A explicação é que no PIB o conceito de indústria é mais abrangente, incluindo construção civil e serviços públicos industriais.

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