São Paulo, sexta-feira, 3 de novembro de 1995
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Só no ano que vem; Correndo o risco; Festa da carne; Ninguém é de ferro; Pela metade; Medo de traição; Novinhos; Pilha de papel; O tempo dirá; Na trilha

Só no ano que vem
Após o atraso de anteontem, o governo planeja votar o Fundo Social, em 2º turno na Câmara, só no dia 21. Mesmo assim, a votação final do projeto no Senado ocorreria entre Natal e Réveillon. Isto é: deve ficar para janeiro.

Correndo o risco
Para evitar que o FSE só entre em vigor em fevereiro, os líderes governistas no Senado vão tentar algo que jamais foi feito: um acordo no plenário para abreviar a tramitação. Presidente da Casa, Sarney terá a faca e o queijo na mão.

Festa da carne
O Planalto vai precisar organizar outro churrasco na véspera do feriado de 15 de novembro para manter 52 deputados em Brasília. Isso se o governo quiser evitar mais atrasos na tramitação do Fundo Social e votá-lo no dia 21.

Ninguém é de ferro
Não é só o feriado do dia 15 que vai adiar para o dia 21 o fim da votação do FSE. É que está marcada para o período uma missão parlamentar que vai à ONU. Há líderes governistas na lista.

Pela metade
Deputados que ficaram até anteontem à noite em Brasília para a votação do FSE se indignaram com o esforço inútil: "É como o tenista que quer subir à rede, mas fica no meio, no mata-burro".

Medo de traição
Não foi só a debandada de deputados rumo ao aeroporto que fez o governo derrubar a sessão de anteontem. Vários deputados do PMDB e do PFL davam sinais de que votariam a favor de destaques que não interessam ao governo.

Novinhos
Se os carros dos deputados que foram ao churrasco na Granja do Torto forem uma amostra da situação financeira dos parlamentares, não será preciso aumentar seus salários tão cedo. Havia Mercedes, Alfa, Mazda, Ômega...

Pilha de papel
A Comissão de Orçamento deve receber cerca de 12 mil emendas ao projeto. Quem deixou para a última hora e não quiser perder o prazo de entrega, que termina hoje, vai ter que pôr um funcionário na fila no meio do feriadão.

O tempo dirá
O governador do DF, Cristovam Buarque, e o também petista Marcelo Déda fizeram as pazes depois de trombarem na discussão da reforma administrativa. Dizem que divergiram na estratégia, mas que, no conteúdo, vão convergir.

Na trilha
Almino Affonso (SP) foi indicado pelo PSDB para a comissão especial da reforma administrativa. É que, na Comissão de Justiça, formulou o voto que serviu de guia para o governo derrubar o parecer de Prisco Viana (PPB).

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