São Paulo, sexta-feira, 3 de novembro de 1995 |
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CLUB TAMBÉM É CULTURA
ERIKA PALOMINO Clube também é cultura. Confira em "Localizer 1.0", por exemplo, um compêndio sobre o universo do tecno e da house music. Não é um dicionário ou uma bíblia, como explicam seus organizadores na introdução do livro.A idéia-base foi a mega-instalação de tecno-art Chromapark, realizada em 94 na Alemanha. No papel, seus organizadores partem de informações visuais -acreditam ser maneiras mais palpáveis para se compreender um fenômeno que é, a princípio, musical. Assim, convites para festas, manifestações da moda clubber, fotos e instalações de luz dos eventos, capas de discos e artes de revistas são o ponto de partida. Feito em esquema de cooperativa por diferentes promoters, estilistas, designers, DJs, produtores e jornalistas, "Localizer" não vem editorializado. Ao contrário, dá liberdade para cada um dos envolvidos nesses variados tópicos expressar sua opinião sobre esses estilos, admitindo até possíveis incongruências. "O tecno é o menor denominador comum na vida de um incontável número de pessoas que, entretanto, experimentam isso subjetivamente e possuem suas próprias idéias e definições", diz a apresentação. "Localizer" faz incríveis ganhos na parte gráfica. Cada página leva um obscuro código que, depois de compreendido, facilita bem. LOC/1.0/FAS/4.9/SAB significa: Localizer 1.0 (virão depois 1.1, 1.2); fashion, assunto 4, seção 9, Sabotage (a marca da roupa). Cada um desses itens tem uma cor. Não ficam de fora referências históricas sobre house e tecno, bem como textos sobre drogas (drug-hysteria), e sobre a cena club na Holanda, Finlândia, São Petersburgo, Praga e Goa. Texto Anterior: CLIPE Próximo Texto: DJ PREPARA LIVRO NO BRASIL Índice |
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