São Paulo, sexta-feira, 3 de novembro de 1995
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Líder conservador é morto a tiros em atentado na capital da Colômbia

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O ex-candidato à Presidência da Colômbia Alvaro Gomez Hurtado foi morto a tiros ontem quando saía de uma universidade onde lecionava, ao norte de Bogotá.
Gomez era um dos principais dirigentes do Partido Conservador -de oposição ao governo do presidente Ernesto Samper- e foi candidato à Presidência por três vezes.
Em telefonemas a emissoras de rádio, um grupo autodenominado "Movimento pela Dignidade da Colômbia" assumiu a autoria da ação. O mesmo grupo assumiu a autoria do atentado ao qual sobreviveu o advogado do presidente Samper, Antonio José Cancino, em 27 de dezembro.
Gomez, 71, foi morto por dois homens que dispararam contra seu carro com metralhadoras e fugiram em uma motocicleta. Gomez foi levado para uma clínica, mas morreu por causa de uma hemorragia provocada pelos ferimentos.
Um de seus assessores também foi morto na ação, e um guarda-costa ficou gravemente ferido.
O ex-candidato presidencial estava afastado da política, mas fazia severas críticas ao governo pelo diário "El Nuevo Siglo", de propriedade de sua família.
O governo colombiano divulgou comunicado repudiando o assassinato e afirmando que fará todos os esforços possíveis para prender os autores.
Fontes do palácio presidencial disseram que um conselho extraordinário de segurança iria se reunir para analisar a situação no país.
A reimplantação do estado de comoção interior, que dá poderes extraordinários ao governo, não era descartada.

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