São Paulo, sábado, 4 de novembro de 1995
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Disque-denúncia faz casos serem divulgados

DA SUCURSAL DO RIO

Famílias de quatro pessoas sequestradas no Rio divulgaram ontem os sequestros com esperanças no Disque-Denúncia, serviço criado pela Secretaria de Segurança do Estado com a associação Rio Contra o Crime.
Apesar de o serviço ter sido criado com a participação da Secretaria de Segurança, as famílias afirmam não querer que a polícia investigue os casos.
A localização do cativeiros de dois jovens sequestrados na semana passada graças a ligações feitas para o Disque-Denúncia animou os familiares.
Ontem, eles procuraram demonstrar a jornalistas o interesse em divulgar os casos para estimular eventuais denúncias.
Parentes do empresário Carlos de Pinho, 42, e de sua mãe, Ivany de Pinho, 70, transmitiram, por um amigo da família, apelo para que informações sobre eles sejam passadas pelo Disque-Denúncia.
José Félix, 30, irmão de Ana Lúcia Félix, sequestrada desde o dia 23 de outubro, é outro que afirma acreditar que a solução para o caso venha por uma informação anônima.
Ele também diz que a polícia está fora das investigações.
Antonia dos Santos Pedreira, 55, apesar de afirmar querer a polícia longe das investigações em torno do sequestro de seu marido, Sebastião Huguinin Leal, procurou o capitão da Polícia Militar Weber Collyer.
Collyer comandou os resgates dos estudantes Carolina Dias Leite e Marcos Chiesa.
"Não procurei a polícia, fiz um pedido a um herói", disse Pedreira, ao referir-se a Collyer.
O oficial não participou de investigações sobre os sequestros.
Ele recebeu ordens de seu comando para apurar informações recebidas pelo Disque-Denúncia. O marido de Antonia está sequestrado há 27 dias.
Segundo informações da DAS (Divisão Anti-Sequestro), as nove pessoas que continuam em cativeiro no Rio continuam sendo procuradas pelos policiais.

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