São Paulo, sábado, 4 de novembro de 1995
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Supermercados têm alta de 3,6% em outubro

MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO

Outubro foi um mês de preços em alta e vendas em baixa nos supermercados. Os preços subiram 3,6% e as vendas, conforme dados provisórios, devem ter caído 3%.
Com isso, os supermercadistas começam a traçar novas estratégias para os dois últimos meses do ano, que incluem até vendas em consignação para os produtos típicos de Natal.
No caso das consignações, os supermercados recebem os produtos das indústrias e o que não for vendido poderá ser devolvido em janeiro, segundo Firmino Rodrigues Alves, presidente em exercício da Associação Paulista de Supermercados. Vinho e champanhe encabeçariam a lista.
Os donos de redes de supermercados estão cautelosos com o comportamento do setor neste final de ano. Para eles, as vendas de 95 devem ser pelo menos 5% inferiores às de 94, quando se vivia a euforia consumista por causa do Real.
"Hoje a realidade é outra. O consumidor está endividado e o 13º salário deve ser usado para pagar dívidas assumidas anteriormente", disse Rodrigues.
Na última semana de outubro, a alta de preços nos supermercados foi de 1,56%. Ao contrário dos meses anteriores, outubro foi um período de retomadas de reajustes.
Durante o mês houve aumentos de carnes (6%), arroz (5%), produtos de limpeza (5%), frios (7%), farinhas, pão de fôrma, biscoitos e refrigerantes.
Os consumidores pagaram mais também pelos hortifrútis, devido ao excesso de chuvas no mês.
Nos hipermercados, a tendência foi inversa na última semana do mês, quando os preços recuaram 1,12%. Nas duas semanas imediatamente anteriores, tinham subido 2,39% e 0,57%, respectivamente. Em quatro semanas, os hipermercados reajustaram seus preços em 1,1%, em média.
Os dados sobre preços nos supermercados e hipermercados são do Datafolha, que pesquisa cem itens em 36 instituições do setor em São Paulo. A pesquisa abrange os setores de alimentação e produtos de higiene e limpeza.
O custo da cesta básica também subiu na última semana do mês. Os 23 itens do setor de alimentos básicos, que inclui a cesta, ficaram 2,24% mais caros para os paulistanos, segundo o Datafolha.

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