São Paulo, domingo, 5 de novembro de 1995
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Que dureza!

JUCA KFOURI

Se ontem foi um sábado duro para corintianos e botafoguenses, hoje não tem moleza para nenhum dos pretendentes a uma vaga nas semifinais.
A começar pelo Palmeiras, que pega o Galo também querendo a classificação.
É um jogo sem favorito. Que o Palmeiras tem mais time, não há dúvida. Que os jogadores vão querer mostrar serviço a Wanderley Luxemburgo, parece óbvio.
Mas que o Mineirão estará do jeito que a torcida do Atlético gosta também é claro. E aquele Galôôô gutural que parece sair das entranhas mineiras é de se respeitar sempre. Pena o horário do jogo, que, definitivamente, não tem nada a ver.

Outro jogo ainda mais de vida ou morte para ambos é o do Beira-Rio. O Inter bobeou ao perder do Grêmio no começo da semana e não pode nem pensar em nada que não seja a vitória.
O Flamengo, então, ou ganha agora ou passa a se dedicar apenas à Supercopa.
Pior: se perder, vai ter gente querendo provar que dois e dois são cinco, que o Mengo é melhor sem Edmundo e Romário. Não pode ser.
Mas tem mais: tem Grêmio e Vasco no Olímpico. O Grêmio conseguiu dar uma bela respirada no Campeonato Brasileiro, mas deixou escapar a Supercopa diante do River Plate.
Em vez da faixa vermelha argentina, que tanto intrigou o Matinas Suzuki Jr., enfrentará a faixa preta cruzmaltina em franca recuperação e a um passo, o empate que seja, para se firmar como favorito no Grupo B.

E a vida segue dura para o Guarani. Verdade que enfrentará um Fluminense desgastado pela falta de pagamento e com a paciência justamente esgotada.
Mas o timinho do Flu é duro na queda, chato de ver e de derrotar. Só que não resta outra opção ao Bugre, que agora tem Neto no papel de salvador da pátria, uma espécie de Tupãzinho -ou de Fedato, para os mais antigos-, ele que nos perdoe o sacrilégio.
O Flu, é bom não esquecer, embora esteja classificado e mais preocupado com a grana do que com a grama, também é candidato a ganhar o Grupo B novamente.

Moleza mesmo só para o Santos, que foi descansar carregando pedra num amistoso em Roraima. Moleza? Certamente os jogadores santistas preferiam qualquer adversário do Grupo A a essa visita a Boa Vista. Pena que o sonho da classificação tenha virado pesadelo na Vila.

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