São Paulo, segunda-feira, 6 de novembro de 1995 |
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Almodóvar é entrevistado no Roda Viva
ANGÉLICA BANHARA
A irreverência que caracteriza Almodóvar marcou presença no programa, com críticas à Igreja Católica e defesa da reserva de mercado para o cinema nacional. O cineasta defende essa política como recurso para impedir o caráter "selvagem" do mercado. Segundo ele, a Espanha exibe um filme nacional para três ou quatro produções americanas. "Sem isso, os cinemas nunca exibiriam filmes espanhóis." A cada filme, Almodóvar conta que começa a busca entre os atores que já conhece e dá preferência aos que apresentam as características que têm os personagens. Mas, durante os ensaios, adapta o papel ao ator e chega a incluir coisas que não estavam previstas -a ponto de concluir que aquela é a única pessoa que poderia representar tal papel. O cineasta considera a dupla Antonio Banderas e Victoria Abril os atores mais desinibidos da Espanha -e, talvez, do mundo- para representar cenas de sexo. Ele, que se autodefine autoritário, diz que, embora os atores não saibam, não "exigiria" desinibição nas cenas de sexo se isso não fosse natural. Mudaria as cenas. Entre os entrevistadores estão o crítico de cinema da Folha Sérgio Augusto e o cineasta André Klotzel. O programa é mediado por Matinas Suzuki Jr., editor-executivo da Folha, e foi pré-gravado para que pudesse ser legendado. Texto Anterior: Coluna Joyce Pascowitch Próximo Texto: Estréia hoje na Globo "novela interativa" Índice |
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