São Paulo, terça-feira, 7 de novembro de 1995
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Batavo implanta projeto agrícola no cerrado do MA

Cooperativa paranaense inicia plantio de soja em Balsas

JOSÉ ALBERTO GONÇALVES
DA REPORTAGEM LOCAL

Selecionados pela Cooperativa Batavo e pela empresa nipo-brasileira Campo (Companhia de Promoção Agrícola), 40 colonos iniciam hoje o plantio de 10 mil ha de soja em Balsas, no sul do Maranhão.
O plantio faz parte do mais novo projeto de abertura do cerrado à exploração agrícola, o Prodecer 3 (um programa de desenvolvimento do cerrado brasileiro financiado em parte pelo governo japonês).
A Batavo foi escolhida em 94 pela Campo, ligada ao Ministério da Agricultura, para administrar uma fazenda experimental, construir armazém, escola, posto de saúde e implantar uma agroindústria na área do novo projeto.
Segundo Vilmar Sebold, um dos gerentes da cooperativa em Balsas, os 20 agricultores selecionados pela Batavo são filhos de colonos de Castro, no Paraná.
Ao longo dos próximos cinco anos, o Prodecer 3 prevê um investimento de US$ 70 milhões, aplicados na aquisição de terras, correção da acidez dos solos e instalação de armazéns e casas para os colonos.
Segundo Emiliano Pereira Botelho, presidente da Campo, empresa executora do Prodecer 3, o investimento está sendo feito sob a forma de financiamentos aos colonos e à Batavo.
Botelho diz que o governo do Maranhão comprometeu-se em gastar o equivalente a US$ 17,5 milhões na implantação e melhoria de infra-estrutura de transportes na região de Balsas.
Os empréstimos aos agricultores poderão ser pagos em até 15 anos, com até seis de carência, com correção pela TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), atualmente em 21,94%, mais juros anuais de 6%.
Até 96, mais 10 mil ha devem estar prontos para o plantio de grãos, totalizando 20 mil ha.
A área total do novo projeto é de 20 mil ha, mas 50% precisam ser preservados.

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