São Paulo, terça-feira, 7 de novembro de 1995 |
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PMDB tenta chegar a um acordo sobre presidência Idéia é dar cargos para o grupo de Goldman CARLOS EDUARDO ALVES
Paes derrotou Goldman por um voto na eleição para a presidência do partido, mas Goldman contesta a validade do voto decisivo. O Diretório Nacional do PMDB tem reunião na próxima quinta-feira para analisar o recurso em que o deputado paulista pede a realização de uma nova disputa. A proposta que será levada a Paes estabelece que parte dos cargos da Executiva peemedebista será entregue aos partidários de Goldman. Michel Temer (SP), líder da bancada do PMDB na Câmara, é um dos articuladores da tentativa de acordo. A idéia será apresentada hoje em Brasília aos senadores José Sarney (AP) e Jáder Barbalho (PA), que apoiaram Paes contra Goldman. "Essa situação tem de ser resolvida logo, para o bem do partido", afirmou Temer. Goldman não descarta a possibilidade de entendimento, mas é cético sobre a disposição de Paes para aceitar um acordo. "Nós estamos de espírito desarmado, mas o Paes se agarra à cadeira como se fosse um objeto pessoal", acha Goldman. O preenchimento de todos os cargos da Fundação Pedroso Horta com adeptos de Paes comprovou, segundo Goldman, a falta de vontade para uma acordo. A fundação é o órgão partidário incumbido, entre outras coisas, da realização de estudos e definição de políticas. "Notamos até agora a ausência de ações concretas para unir o partido", disse Goldman. Paes de Andrade foi procurado por telefone três vezes pela Folha, mas não atendeu a reportagem. Goldman contesta o voto do delegado cearense Antônio Cambraia, que participou da eleição no lugar do presidente do diretório capixaba. No entender de Goldman, o suplente que teria direito ao sufrágio era Roberto Valadão, do diretório capixaba e seu eleitor. Texto Anterior: Maioria de empresários do PNBE defende a reforma administrativa Próximo Texto: Três agências do cartel levam R$ 18,825 mi Índice |
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