São Paulo, terça-feira, 7 de novembro de 1995
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Pinturas citam os trabalhos dos retratados

FERNANDA DA ESCÓSSIA
DA SUCURSAL DO RIO

Cada tela de Luiz Zerbini mistura referências ao seu trabalho e à atividade profissional de cada homenageado, vista pelo pincel/câmera do pintor.
Beatriz Milhazes, por exemplo, virou "Madame Caduvel". A artista aparece com o rosto tatuado por desenhos que costuma usar em seus trabalhos. "Vi também esses desenhos na tribo indígena Caduvel, fotografada pelo Lévi-Strauss", afirma Zerbini.
O retrato de Barrão é a maior peça, com 3,33m X 5,33m.
O escultor é retratado em seu próprio ateliê, com peças prontas e inacabadas. Nos dois retratos de Ângelo Venosa predomina a figura do escultor sobre o vazio.
Os ossos usados por Venosa em suas esculturas estão à mostra em seu peito.
Sérgio Mekles, para quem Zerbini já fez capas de disco, aparece no centro de "Festa 95", cercado por capas escolhidas por ele e reproduzidas pelo pintor.
O próprio Zerbini está no auto-retrato "Ilha". A tela "Eletric Ladyland" reproduz num painel de 1,50m X 3,00m.
É a capa do disco do mesmo nome de Jimi Hendrix, lançado em 1968.
Para Zerbini, "Eletric Ladyland", o disco, marcou sua geração e o quadro, com 19 mulheres nuas, é uma homenagem coletiva aos amigos guitarristas.
"Para mim, é como se cada mulher fosse um amigo guitarrista. Dado Villa-Lobos, Herbert Vianna, Pedro Sá (guitarrista do grupo "Mulheres que Dizem Sim"), sintam-se retratados", afirma.
Todos os quadros são em acrílico sobre tela. Os preços das peças variam entre US$ 7 mil e US$ 29 mil.

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