São Paulo, terça-feira, 7 de novembro de 1995
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Arte pós-comunista atravessa um momento de definição, diz húngara

CHS
DA AGÊNCIA FOLHA

A húngara Katalin Néray, 53, disse ontem, em São Paulo, que a arte dos países da Europa Oriental atravessa atualmente um momento de definição, depois de perder o "tempero político da época imediatamente posterior à derrubada dos regimes comunistas.
Ela esteve em São Paulo para conversar com os curadores da 23ª Bienal Internacional, marcada para o ano que vem, sobre a seleção de artistas da Europa Oriental visando à exposição "Universalis, que fará parte da bienal.
As outras regiões do mundo que estarão representadas são a África e a Oceania, o Canadá e os EUA, a Ásia, a América Latina, a Europa Ocidental e o Brasil.
Segundo Néray, tem havido um grande interesse por parte do ocidente, especialmente pela arte russa, mas também muitas obras de qualidade duvidosa, voltadas para o consumo imediato, vêm sendo produzidas.
Por outro lado, surgiu uma grande frustração por parte dos verdadeiros artistas com os caminhos assumidos pelos regimes pós-comunistas.
Ela citou o exemplo da Rússia, onde aspectos do capitalismo primitivo tomaram conta da economia, e da Polônia, onde os artistas que apoiaram o movimento de libertação do país da influência soviética foram marginalizados pelo novo governo.

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