São Paulo, quinta-feira, 9 de novembro de 1995 |
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PFL e PMDB sustam debate da reeleição já GABRIELA WOLTHERS GABRIELA WOLTHERS; MARTA SALOMON
A decisão foi tomada porque os líderes do PFL e do PMDB -os dois maiores partidos do Congresso e da base governista- se recusaram a analisar já a reeleição, como queriam os tucanos. O deputado Inocêncio Oliveira (PE), líder do PFL, ouviu o próprio presidente da Câmara anunciar a decisão ontem à tarde. "Já está tudo acertado com o Luís Eduardo", disse Inocêncio. "Pelo menos até o ano que vem a comissão não será instalada. Eu, particularmente, defendo a instalação só em 1997", completou. O adiamento contraria os planos do ministro das Comunicações, Sérgio Motta, empenhado em apressar a votação da emenda. O prazo ideal planejado pelo novo coordenador político informal do governo é votar a emenda no início de 1996, evitando que o debate avance no tempo. "Não estamos fazendo isso para contrariar o governo, mas para representar a vontade do Congresso", afirmou o líder do PMDB, Michel Temer (SP), que também defendeu que a instalação da comissão ficasse para depois. Ele considera prematuro o debate. A emenda do deputado Mendonça Filho (PFL-PE) já foi aprovada pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara. O passo seguinte é a instalação dessa comissão especial. O líder do PSDB, deputado José Aníbal (SP), ficou surpreso com a decisão do comando da Câmara. "Acho que ainda há espaço para conversa", disse. Por intermédio de sua assessoria, Motta disse que considera cumprida a sua missão de lançar o debate da reeleição. Texto Anterior: Senac faz curso de assessoria para políticos Próximo Texto: PMDB vai a reunião em clima de guerra Índice |
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