São Paulo, quinta-feira, 9 de novembro de 1995
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Advogado diz que vai recorrer

MYRIAN VIOLETA
DA AGÊNCIA FOLHA EM CAMPO GRANDE

O advogado dos políticos cassados, José Wanderley Alves, disse que eles vão recorrer da sentença junto ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Alves é também procurador jurídico de Deodápolis.
Segundo ele, o argumento que usará junto ao TSE será de que os acusados não tiveram oportunidade para se defender no decorrer do processo na Justiça de Deodápolis (primeira instância).
"Não existe prova suficiente para embasar essa condenação", afirmou.
Segundo Alves, as provas anexadas ao processo foram "emprestadas", ou seja, retiradas de outros processos.
"O juiz deveria ter convocado as testemunhas novamente em juízo e elas deveriam falar perante os acusados para que eles tivessem o direito de se defender", afirmou o advogado.
Alves afirmou ainda que o prefeito Manoel José Martins vai continuar despachando na prefeitura até o recurso ser julgado no TSE.
O secretário de Finanças, Luiz Antônio de Lima, disse que o clima na cidade está "tranquilo".
O secretário disse ainda que Martins tinha viajado para Campo Grande (MS). Segundo ele, não havia possibilidade de fazer contato.
A Agência Folha não conseguiu falar ontem com o vice-prefeito Nelson Martins Pereira (PTB).
Vereadores
A Câmara Municipal tem nove vereadores. Dos seis cassados anteontem pelo TRE, José Francisco de Souza e Edvaldo Medrado dos Santos já haviam sido cassados em 94, também acusados de fraude nas eleições. Eles já não trabalhavam mais na Câmara Municipal.
Antônio Marcos Antoniete e Luiz Marinho de Azevedo estão afastados do cargo porque exercem a função de secretário municipal de Educação e de Saúde, respectivamente.
Apenas os vereadores João Araújo Dória e José Francisco da Silva Sobrinho, que também foram cassados, continuavam trabalhando na Câmara dos Vereadores.

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