São Paulo, quinta-feira, 9 de novembro de 1995 |
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Sicília cativa e desconcerta seus visitantes
ROGÉRIO C. DE CERQUEIRA LEITE
Na Sicília estão concentrados, em pouco mais de meia dúzia de sítios arqueológicos, monumentos gregos dóricos, jônicos e coríntios, com igual abundância àquela da própria Grécia. Lá serão encontrados exemplos de arquitetura romana que emulam os da Itália. As catedrais bizantinas de Monreal e Cefalu e a capela do Paladino rivalizam, quanto ao esplendor de seus mosaicos, com aquelas da obra magna de Bizâncio -que é a catedral Santa Sofia em Istambul. Lá está uma respeitável coleção de pinturas dos séculos 17 ao 19, em museus infelizmente não muito bem conservados. Arquitetura A arquitetura católica pré-gótica (dita românica) está bem representada, pois foi introduzida pelos governantes normandos. E, embora absurdamente desfigurada pela tirania espanhola, resíduos de arquitetura árabe ainda podem ser encontrados. E tudo isto intermediado por uma natureza diversificada e voluptuosa. Vulcões, praias, rochedos magníficos. Variedades O choque para o visitante é a desarticulação que essa variedade imensa provoca. Estamos acostumados a procurar culturas ou paisagens, manifestações históricas específicas. Vamos à Grécia para ver arquitetura, arte, culturas gregas. Vamos à Turquia para conhecer Bizâncio e talvez um pouco do mundo islâmico. Na Sicília estamos na Grécia, em Roma, em Bizâncio, na Idade Média européia, um pouco por toda a parte. É isso que é tão desconcertante. E tão cativante. Texto Anterior: Agrigento tem intelecto pra dar e vender Próximo Texto: Programas custam a partir de US$ 504 Índice |
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