São Paulo, sábado, 11 de novembro de 1995
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Confirmada a mudança de equipe de Emerson

MAURO TAGLIAFERRI
DA REPORTAGEM LOCAL

A Philip Morris confirmou ontem a transferência de Emerson Fittipaldi para uma equipe de sociedade entre Roger Penske, seu chefe até este ano, e Carl Hogan, ex-sócio de Bobby Rahal.
O brasileiro será o único piloto da escuderia, uma espécie de "filial" da Penske, já que contará com o mesmo equipamento da "matriz": chassis Penske 96 e motor Mercedes.
O engenheiro responsável pelo carro de Emerson também não muda. É Tom Brown. Assim como o chefe dos mecânicos, Rick Rinaman, permanecerá com o piloto.
Até a sede das duas equipes coincide. Ambas ficam em Reading, na Pennsylvania (EUA).
Fittipaldi anunciaria a mudança ontem à noite, numa festa da Philip Morris, patrocinadora do corredor há 22 anos, em São Paulo.
A história de sua transferência para a Hogan/Penske passa pela desclassificação nas 500 Milhas de Indianápolis e por Paul Tracy.
O canadense volta a pilotar para a Penske, com quem tem contrato, após uma temporada emprestado à Newman/Haas.
A princípio, seria ele que ocuparia o carro da "filial", mas Tracy se recusou a correr por empréstimo mais uma vez.
Como a relação entre Fittipaldi e Roger Penske se deteriorou depois das 500 Milhas, em maio, o brasileiro, que tem contrato com a Penske até o final de 96, surgiu como opção para o novo time.
Na ocasião, o "capo" da equipe -num erro que, de tão infantil, beira as más intenções- abortou a classificação de Emerson para as 500 Milhas.
Os dois teriam discutido duramente e o rendimento do brasileiro caiu muito nas demais etapas do campeonato da Indy.
Pesou, contra a Penske, a acusação de favorecimento a Al Unser Jr., que lutou pelo título até a última corrida. E, contra Fittipaldi, a queixa de que, aos 48 anos, já estaria velho demais para correr.
Sondado pela Patrick Racing no final da temporada, porém, Fittipaldi preferiu seguir com Penske.
Com a garantia de que teria o mesmo equipamento de Unser e Tracy, além de poder contar com os privilégios de ser o único piloto de uma escuderia, o brasileiro aceitou mudar para a Hogan.
E, com o apoio financeiro da Philip Morris, que acaba de transformá-lo no embaixador do novo "Marlboro Latin America Team", a troca se concretizou.
Fittipaldi, que chega aos 49 anos no mês que vem, soma dois títulos mundiais de F-1 e um de Indy, além de duas vitórias nas 500 Milhas de Indianápolis.

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