São Paulo, sábado, 11 de novembro de 1995
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Ensino religioso liga os detidos

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A base da organização de um possível complô contra Yitzhak Rabin está na Universidade Bar-Ilan e na instituição de ensino religioso e militar Yavaneh, as duas próximas a Tel Aviv.
Yigal Amir, o assassino confesso, conheceu três dos suspeitos presos na Bar-Ilan e outro na escola religiosa.
O sexto detido é seu irmão. As instituições integram o esquema religioso de educação em Israel, seguido por 25% da população.
Todos os presos são jovens, profundamente religiosos, vindos da classe média de Israel ou de assentamentos na Cisjordânia.
Eles tinham completado há pouco tempo o serviço militar obrigatório e sabem manejar armas.
O grupo Eyal (sigla de Organização Judaica Nacional), cujo líder é suspeito do complô, foi formado nesta década na Universidade de Tel Aviv como uma facção do grupo Kach, inspirado no rabino americano ultra-radical Meir Kahane.
Assassinado por árabes em Nova York em 1990, Kahane pregava que Israel fosse um Estado teocrático, conduzido por leis judaicas. Os árabes teriam de deixar os territórios ocupados para que essas regiões fizessem parte de Grande Israel.
O Eyal tem seus representantes nas universidades religiosas, principalmente a Bar-Ilan. A polícia diz não acreditar que o grupo, com cerca de 20 membros, seja organizado.

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