São Paulo, domingo, 12 de novembro de 1995
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Neoludismo é moda nos EUA

DA FOLHA ONLINE (UNIVERSO ONLINE)

Os neoluditas já viraram modismo. Encontram público fácil entre os americanos preocupados com a redução do número de empregos e cansados dos exageros de marketing da indústria de informática.
Entre as associações antitecnológicas que estão surgindo nos EUA está o Clube do Lápis, cujos membros defendem a escrita a mão.
A revista "Plain", uma pequena publicação dedicada a um estilo de vida simplificado, com um mínimo de interferência tecnológica, chegou ao extremo de pedir a leitores que tivessem endereço eletrônico que não comentassem sobre ela na Internet. "Só queremos ser deixados em paz", afirmou o editor da revista.
Revistas conservadoras como a "The Nation" e a "The New Republic" também partiram para o ataque à mania de computador.
"O Culto da Informação" é mais um dos livros da safra neoludita. O historiador Theodore Roszak concentra-se no efeito da informação eletrônica no sistema financeiro internacional. Paralelamente, Roszak faz uma análise do efeito dos videogames na capacidade de leitura das crianças.
Só que os "inimigos" -os profissionais ligados à computação e à tecnologia- adotaram o termo com entusiasmo, como uma espécie de gíria.
Na Internet, por exemplo, há um dicionário dos luditas (com definições como "binário", divisão entre ricos e pobres) e uma ópera sobre a Revolução Industrial, "A Balada de Ned Ludd".

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