São Paulo, segunda-feira, 13 de novembro de 1995
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Secretaria defende concorrência

DA REPORTAGEM LOCAL

Emílio Azzi, secretário-executivo do programa de canalização de córregos da Secretaria de Vias Públicas, disse que "nunca ninguém impugnou" o edital.
"Mas, se nós acharmos que esse critério não é o melhor, vamos revê-lo", afirmou Azzi.
Ele preferiu não responder às críticas do vereador José Eduardo Martins Cardozo (PT). "Eu me recuso a entrar nesse campo. Dizer que as concorrências estão sendo direcionadas é absurdo", disse.
Segundo o assessor do secretário Reynaldo de Barros (Vias Públicas), é "melhor gastar um pouco mais no projeto" para depois economizar na obra. "A melhor técnica tem de prevalecer. Depois, a obra fica mais barata."
"O projeto pesa só 2% no valor da obra", disse Azzi.
Ele afirmou que o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), que financia o programa de canalização de córregos, é informado de todos os passos das concorrências.
Casos extremos
Na visão do secretário-executivo, o exemplo da Folha -em que a empresa que se propõe a fazer o projeto pela metade do preço indicado pela tabela da prefeitura recebe menos pontos do que uma cuja proposta é igual à tabela- seria um "caso extremo".
"Você sempre encontra um caso extremo quando privilegia a melhor técnica", disse Azzi.
A Themag, empresa que venceu a concorrência para elaborar o projeto para o córrego Aricanduva, não fez 100% dos pontos possíveis na proposta comercial.
Na entrevista, Azzi disse que não se lembrava do processo do Aricanduva, mas provavelmente a Themag havia proposto um valor superior ao da tabela da prefeitura. "Com o sistema de pontuação do edital, ninguém é idiota de colocar um preço abaixo da tabela", disse o secretário-executivo.
Azzi afirmou que as entidades empresariais enviaram à prefeitura, em julho deste ano, um ofício no qual elas apontam defasagem nas tabelas da prefeitura.

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