São Paulo, quarta-feira, 15 de novembro de 1995 |
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Sam Shepard e Susan Sarandon valorizam 'Unidos pela Esperança'
MARCELO REZENDE
Sua história é um drama de situação: uma mãe em plena confusão mental (avalia seus anos de casamento) tem um sonho premonitório sobre um de seus filhos, que pode estar morto. Assim, depois que o pressentimento se torna uma possível verdade (um de seus sete filhos sofreu um acidente), todos da família se reúnem para reavaliar a vida e tentar dar conforto um ao outro. Mas, a grande qualidade de "Unidos Pela Esperança" é não fazer da tragédia um curto caminho para a desesperança e o niilismo. E nem o contrário, fazendo com que seus personagens sejam lições de vida sobre a existência. O filme tenta então o mais difícil. Fazer comédia, ainda que não explícita, de comportamentos e situações trágicas. Algo que consegue em grande parte. E, essencialmente, por seus atores. Sam Shepard e Susan Sarandon dão espessura às figuras que representam. Travestidos de pessoas pretensamente responsáveis, seus personagens tomam todo o filme. E os atritos entre os dois produzem os melhores momentos de "Unidos Pela Esperança". Se não é brilhante, ao menos é honesto em suas pretensões: ser realmente um filme banal sobre famílias. Mas com um mínimo de dignidade. Filme:"Unidos Pela Esperança" Direção: Robert Allan Ackerman Lançamento: Cannes (tel. 011/725-5279) Texto Anterior: Iraniano 'Através das Oliveiras' vence má copiagem Próximo Texto: Amizade deve vir antes do interesse Índice |
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