São Paulo, quinta-feira, 16 de novembro de 1995
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Casas investem em samba e reggae no ABC

DA REPORTAGEM LOCAL

Casas noturnas do ABC investem em samba e reggae para tentar suprir a carência de estabelecimentos especializados nesses ritmos na região.
A mais nova dessas casas é a Jamaica 60º. Inaugurada na última sexta-feira, ela fica na avenida Senador Vergueiro, 4.685, em São Bernardo do Campo.
Apesar de o nome sugerir uma casa exclusivamente de reggae, há espaço para todo o tipo de música, como forró, axé music e outros ritmos latinos. Todos os dias a banda Simpatia se apresenta ao vivo.
Segundo Renato Filinesi, 36, um dos quatro sócios da casa, além da pista de dança, outra atração é um quiosque, instalado em uma área aberta.
"No quiosque, servimos 18 tipos de batidas", diz Filinesi, que nasceu na Grécia e já trabalhou em casas noturnas no Caribe, Espanha e ilhas gregas.
Ele diz que a idéia de abrir uma casa no ABC surgiu porque "a população que sai à noite para se divertir na região está aumentando".
Filinesi diz que espera que a casa, com capacidade para 2.200 pessoas, atraia público da capital.
Já a Hard Reggae é a pioneira na região. Funciona desde julho de 93, na avenida Prestes Maia, 658, Santo André.
O reggae predomina de quinta a sábado. Aos domingos, além de reggae, há a apresentação ao vivo do grupo de samba Gandaia, composto por universitários da região.
Os sócios da casa são os mesmos da extinta Hard Reggae que funcionou na praia da Enseada, no Guarujá, até o ano passado.
Segundo os donos, na época em que a Hard Reggae foi aberta, não havia outra casa especializada no ritmo jamaicano no ABC.
O estabelecimento tem capacidade para 1.500 pessoas. Há uma área de lazer ao ar livre, com telão. Sucos e batidas tropicais são as bebidas mais pedidas.
Segundo os proprietários, o público, com idade de 16 a 30 anos, vem do ABC, de São Paulo e até da Baixada Santista.
A Coco Bango (avenida Portugal, 147, Santo André) tem shows ao vivo de quinta a domingo. Sábado é dia de pagode e reggae.
Mas há espaço para axé music e lambada, diz o gerente Ângelo José Forato, 29, o "Roger". Aberta há quatro meses, a casa tem capacidade para 400 pessoas.
Segundo Forato, a idéia inicial era abrir uma casa exclusivamente de reggae. "Mas o público da região gosta muito de pagode e resolvemos mesclar os ritmos", diz.

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