São Paulo, quinta-feira, 16 de novembro de 1995
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Israel prende colona como suspeita

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A Justiça de Israel ordenou ontem que uma colona judia fique sob custódia por 11 dias sob suspeita de ter desempenhado papel significativo na conspiração contra o premiê Yitzhak Rabin.
Margalit Harshefi, 20, do assentamento Beit El (Cisjordânia), foi presa ontem. Segundo seu advogado, Denel Peli, e seu pai, Dov, ela conhecia muito bem Yigal Amir, 25, assassino confesso de Rabin.
"Ela era uma das pessoas-chave na organização que desejava matar Rabin, era muito ligada a Amir e planejava ataques contra os palestinos", disse o policial Tsin Tsafon na corte de Petah Tikva (região central de Israel).
Harshefi foi ontem à corte de Petah Tikva. Após o juiz Eliezer Cohen ler as acusações, ela riu e se disse inocente. Apesar de ter pedido para ver seu advogado, ela não poderá ter contato com ele antes de domingo, disse Cohen.
Segundo seu pai, Margalit Harshefi não tem nenhuma ligação criminosa com Yigal Amir.
Amir acertou dois tiros em Rabin. Ele diz ter matado o premiê para impedir que as terras de Israel fossem entregues aos palestinos.
Assim como Amir, Harshefi era uma estudante de direito na universidade Bar-Ilan.
Hoje o premiê interino de Israel, Shimon Peres, será notificado oficialmente da prisão.
Ontem a polícia israelense libertou Avishai Raviv, líder do grupo judeu de extrema direita Eyal, preso desde o dia 6 sob suspeita de saber da conspiração contra Rabin e nada fazer para detê-la.
Raviv está em liberdade condicional e foi proibido pela Justiça de entrar nos territórios ocupados.
Sete pessoas, entre elas Hagai Amir, irmão de Yigal, continuam presas, suspeitas de ter ligação com o assassinato de Rabin. Todos são judeus religiosos e têm cerca de 20 anos.
Policiais israelenses prenderam dois judeus ultra-religiosos que cuspiram no túmulo de Rabin.
Eles admitiram a um juiz a profanação, mas negaram que tentaram urinar no túmulo e se desculparam. O juiz ordenou que ambos fiquem presos por seis dias, enquanto é decidida as suas penas.
A companhia aérea israelense El Al negou ter reduzido a segurança de seus vôos. Segundo o jornal "Davar Rishon", a empresa teria reduzido a segurança nos vôos à América do Norte por economia.

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