São Paulo, sexta-feira, 17 de novembro de 1995 |
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Policiais não ficaram presos nenhum dia
MARCELO GODOY
Ainda foram absolvidos os três policiais que mataram a assaltante Regiane Aparecida dos Santos, que invadira a casa da professora. As decisões foram tomadas nas sessões desta semana do TJM. Os ex-soldados Francisco da Silva Junior e Wanderley Alessi tiveram sua penas reduzidas de 6 para 2 anos. O TJM entendeu que os ex-PMs não tinham vontade de matar Pixote, ou seja, que o homicídio foi culposo -quando alguém mata sem dolo. Com isso, eles não serão presos, pois a pena de dois anos está prescrita. O ator, que havia ficado famoso na década de 80 ao protagonizar o filme "Pixote", do diretor Hector Babenco, estava fugindo dos então PMs quando foi morto em Diadema (Grande São Paulo). Os seis tiros que atingiram suas costas foram dados a curta distância de cima para baixo. Segundo o Ministério Público, Pixote estava "acuado" e não reagiu. O outro policial que teve a pena reduzida foi o cabo Marco Antônio Furlan. Atirador de elite da PM, ele fez o disparo que atravessou o assaltante Gilberto Palhares, matando também a professora, que era refém. O crime aconteceu na casa dos Caringi na Pompéia (zona oeste de SP) em março de 1990. Sua pena era de dois anos e dois meses e foi reduzida para um ano e dois meses. A pena também está prescrita e Furlan não será preso. Além de Adriana e Palhares, três PMs da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) entraram na casa dos Caringi e mataram a companheira do ladrão, Regiane. No primeiro julgamento, o capitão Ernesto Carlos da Costa e os cabos Edivaldo Nascimento Rosa e Benedito Aparecido Rocha haviam sido condenados a oito anos de prisão. Agora, o TJM absolveu-os por insuficiência de provas. Texto Anterior: Leitor reclama de taxistas na Consolação Próximo Texto: Decisão mostra descrédito, diz pai Índice |
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