São Paulo, terça-feira, 21 de novembro de 1995
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'Domingo' é bem-humorado

LUIZ ANTÔNIO RYFF
DA REPORTAGEM LOCAL

Se alguém tinha dúvidas da coesão dos Titãs, a dúvida se dissipa na primeira audição de "Domingo". Eles mantiveram a unidade depois de seus projetos solos.
Conseguiram fazer um disco amarrado e bem mais aberto do que o anterior, "Titanomaquia", o "álbum heavy", que aprisionara a banda em um estilo único.
Retomaram a diversidade, uma das marcas do camaleônico grupo.
E buscaram válvulas de escape em participações de gente de fora da banda.
O disco alterna momentos pesados, como "Brasileiro", com Igor Cavallera e Andreas Kisser (Sepultura), e faixas mais pop, como "Eu Não Vou Dizer Nada", com Charles Gavin e João Barone injetando suingue nas baterias.
Mesmo sendo menos pesado do que o anterior, há uma ênfase no som das guitarras -dedo do produtor Jack Endino, que também toca guitarra.
"Domingo" é um disco com bastante humor e auto-ironia. O símbolo máximo dessa característica é "Qualquer Negócio", em que conseguem rir de si mesmos. A letra ainda brinca com Arnaldo Antunes que, quer queira ou não, sempre será um titã.
Basta citar a resposta do vocalista Sérgio Britto quando perguntado se todos os titãs já tinham chegado para a entrevista. "Só falta o Arnaldo." Mas é como se estivesse lá.
(LAR)

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