São Paulo, quinta-feira, 23 de novembro de 1995 |
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Doença infecciosa mata aves em mangue de Florianópolis
SILVIA QUEVEDO
O surto foi detectado pelo veterinário Jordan Wallauer, 46, especialista em animais silvestres, que atua no Horto Florestal do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). Segundo ele, gaivotas, garças, biguás, atobás, socós, saracuras e frangos d'água atingidos pela doença apresentam sintomas de cólera viária (que dá em aves): diarréia verde, penas arrepiadas, problemas de coordenação motora e neurológicos e morte. Wallauer disse que a doença pode estar relacionada com a poluição de efluentes líquidos jogados no mangue, pois ocorrem mais casos em períodos de pouca chuva. "É quando há mais concentração de poluente nas águas. A porcaria se concentra", afirmou. No mangue, deságuam esgotos residenciais de bairros próximos e resíduos da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina). Há laboratórios na UFSC que trabalham com metais pesados (cromo, chumbo, cobre) e até bactérias oncogênicas (de câncer). José Truda, 32, presidente da IWC (organização não-governamental), disse que o Ministério Público Federal deveria fazer uma perícia no mangue e na UFSC. Texto Anterior: Estudante é morto com 4 tiros ao sair da faculdade, em Campinas Próximo Texto: Balão vai investigar nuvem invisível no país Índice |
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