São Paulo, sábado, 25 de novembro de 1995 |
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Termina caminhada no interior de SP Sem-terra andaram cem km em 5 dias JOSÉ MASCHIO
Os sem-terra se concentraram às 18h numa manifestação na praça Nove de Julho, que fica a cem metros da prefeitura. A manifestação acabou às 20h10, após discurso do líder José Rainha Jr., que criticou os fazendeiros. O comércio da cidade funcionou normalmente, apesar de o prefeito Agripino Lima (PFL) ter decretado ponto facultativo. A caminhada dos sem-terra começou na segunda-feira, no acampamento do MST na rodovia entre Sandovalina e Teodoro Sampaio (710 km a oeste de São Paulo) e passou pelos municípios de Sandovalina, Tarabai e Pirapozinho, até chegar a Presidente Prudente. Na manhã de ontem, ao deixar Pirapozinho, a caminhada contava com cerca de 2.000 pessoas. Caminhões trazendo sem-terra e assentados de outras regiões de São Paulo engrossaram a marcha. Na entrada de Presidente Prudente, às 17h de ontem, já somavam cerca de 2.500 pessoas. A PM, que acompanhou a caminhada, não fez projeção do número de participantes. Na chegada à praça Nove de Julho, local da manifestação, os sem-terra foram recebidos com disparos de rojões pelas entidades que deram apoio ao movimento. O prefeito Agripino Lima disse que decretou ponto facultativo para "evitar a baderna desses sem-terra". Rainha Jr. chegou a Presidente Prudente acompanhado do advogado Aton Fon Filho, dos deputados federais Jair Meneguelli, João Paulo Cunha, do estadual José Zico Prado, todos do PT, e do ex-deputado Plínio de Arruda Sampaio, da direção do PT. Enquanto Rainha e os políticos se juntavam à caminhada, o advogado seguiu para Pirapozinho, onde entregou petição criminal contra o delegado Marco Antônio Fogolin, de Sandovalina. Ele não quis explicar o teor da petição "para não ser indelicado com um magistrado (o juiz)". Texto Anterior: FGV ataca simples distribuição de terra Próximo Texto: Juiz de SC concede reintegração de posse Índice |
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