São Paulo, sábado, 25 de novembro de 1995 |
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Polícia do Rio prende engenheiro e diz que ele planejava 6 sequestros
CLÁUDIA MATTOS
Silva Filho é fugitivo da prisão há cinco anos. Cumpria pena de 12 anos por assalto a mão armada. Ele é formado em engenharia pela Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) e em análise de sistemas pela PUC (Pontifícia Universidade Católica). Estudou no colégio São Bento, um dos mais tradicionais do Rio. A Polícia Civil chegou até Silva Filho depois que um informante disse que ele alugara recentemente por R$ 2 mil uma casa de dez quartos em Santa Teresa. A casa serviria de cativeiro para futuros sequestrados. Seis dos dez quartos ficam no subsolo. A casa passou por reformas, como a instalação de um potente sistema de alarme. Segundo o delegado Ricardo Teixeira, que efetuou a prisão, Silva Filho pretendia formar sua quadrilha com pessoas que já trabalham com o tráfico na região. Dois sequestros já estariam programados. O primeiro, do dono de uma churrascaria, seria feito amanhã. O segundo, de um português, aconteceria na terça. Pelo dono da churrascaria, seria cobrado um resgate de R$ 1 milhão. Pelo português, R$ 2 milhões. Para prendê-lo, a polícia vigiou a casa por 20 dias. Anteontem, para ver se ele realmente alugara a casa, fingiu que uma Kombi havia quebrado em frente ao imóvel. Silva Filho chegou a ajudar os policiais a consertar o veículo. A polícia não permitiu que Silva Filho desse entrevistas. Texto Anterior: Com medo, sociólogo fecha a Casa da Paz Próximo Texto: Polícia arma megaoperação para achar irmãos acusados de 9 mortes Índice |
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