São Paulo, segunda-feira, 27 de novembro de 1995 |
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Fazendeiros protestam hoje contra invasões
LUIZ MALAVOLTA
O ato vai ser realizado na praça 9 de Julho, no centro, no mesmo local onde, na sexta-feira, o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) realizou um protesto contra a demora na reforma agrária. O vice-presidente do Sindicato Rural de Presidente Prudente, Célio Romero de Souza, 41, disse que 50 entidades da região, comerciantes e industriais, participarão do ato. Segundo Souza, entre os participantes estarão o presidente da Faesp (Federação da Agricultura de São Paulo), Fábio Meirelles, e o deputado federal Paulo Lima (PFL-SP), filho do prefeito de Presidente Prudente, Agripino Lima, que se manifestou contrário ao ato dos sem-terra. Souza estima que de 4.000 a 5.000 pessoas, entre fazendeiros e empresários do Pontal do Paranapanema, deverão participar da manifestação. "Não somos contra a reforma agrária. Somos contra a baderna que as invasões causam, trazendo prejuízos ao conjunto da sociedade", afirmou Souza. Ele disse que está preocupado com o "imobilismo" do governo de São Paulo, que, 15 dias após o acordo feito com os sem-terra para assentar 2.100 pessoas, ainda não "mexeu numa palha". O acordo foi firmado no último dia 4. O governador Mário Covas e o secretário estadual da Justiça, Belisário dos Santos Júnior, se comprometeram a assentar 1.050 pessoas até 31 de dezembro. Outras 1.050 pessoas seriam assentadas no primeiro semestre do ano que vem, em fazendas a serem desapropriadas no Pontal do Paranapanema. Segundo Souza, as terras escolhidas para o assentamento são as fazendas Arco-Íris, Haroldina, Santa Apolônia e Cannaã. Texto Anterior: Encontro sobre instituições públicas reúne especialistas de vários países Próximo Texto: Delegado vai entregar hoje novo pedido de prisão contra Rainha Índice |
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