São Paulo, segunda-feira, 27 de novembro de 1995 |
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Entidades perdem autonomia
AURELIANO BIANCARELLI
"Deveria ser um empurrão para as ONGs criarem suas formas de auto-financiamento", diz Wildney Contrera, consultora do ministério. Não é o que está acontecendo. Dependentes do financiamento, muitas se subordinaram às exigências do ministério, algumas se acomodaram e outras se burocratizaram. Jane Galvão, da Abia, afirma que as ONGs estão perdendo sua força de pressão sobre as políticas públicas de saúde. Mario Scheffer, do Grupo Pela Vidda-SP, diz que os projetos priorizam a prevenção, deixando de lado os doentes. Segundo ele, para sobreviverem e libertarem-se do ministério, as ONGs terão de se profissionalizar, vendendo seus serviços a empresas. A ajuda externa também caiu muito. A Aids e o Brasil já não são prioridade para as grandes agências financiadoras. Paulo Crepaldi, da Alivi -Associação Aliança para a Vida- lembra outra ameaça: a reforma constitucional pode cortar os benefícios fiscais para as empresas que colaboram com as ONGs. (AB) Texto Anterior: Falta de verba ameaça grupos anti-Aids Próximo Texto: Balcões dão informação sobre câncer em SP Índice |
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