São Paulo, segunda-feira, 27 de novembro de 1995 |
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Doença de pele ataca índios terena no MS
MYRIAN VIOLETA
A afirmação é do professor da UFMS (Universidade Federal do Mato Grosso do Sul) Gunter Hans Filho, que pesquisa a doença na aldeia desde 93. "Quando começamos os estudos, 2% dos índios da aldeia apresentavam o fogo selvagem, um índice considerado muito alto", afirmou. De acordo com a Funai (Fundação Nacional do Índio), 989 índios moram na aldeia. Segundo Hans Filho, o "fogo selvagem" já está controlado, mas ele não quis divulgar quantos índios estão hoje com a doença. Não houve mortes. "Os cientistas não conseguiram descobrir até hoje como a doença é transmitida ao homem", disse. "É a primeira vez que se observa a doença em um local geográfico delimitado, onde a população pertence a uma etnia homogênea e onde não acontecem migrações." Para Hans Filho, a incidência é maior entre os jovens. "São eles que estão em maior atividade, trabalhando na lavoura e expostos ao sol, o que agrava a doença." A pesquisa está sendo acompanhada pelo médico Luiz Dias, do Medical College of Wisconsin (EUA). Bolhas Hans Filho disse que o "fogo selvagem" não é contagioso, mas pode matar. Segundo ele, a doença se manifesta com o surgimento de bolhas, que aparecem na cabeça e no tórax, depois estouram e se transformam em feridas. "A pessoa sente como se estivesse sendo queimada com a ponta de um cigarro", afirmou. Texto Anterior: Carnaval fora de época pode entrar para o 'Guinness' Próximo Texto: Vítimas querem seguro para erros médicos Índice |
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