São Paulo, segunda-feira, 27 de novembro de 1995 |
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Balanço mostra lucro das empresas em 95
RODNEY VERGILI
Análise de 50 balanços de companhias abertas (com ações em Bolsa), feita pela consultoria Austin Asis, demonstra que o resultado (lucro) anualizado sobre o patrimônio (recursos próprios) caiu de 8,9% nos primeiros nove meses de 1994 para 8,2% no mesmo período de 1995. Os resultados conseguidos pelas empresas durante o Plano Real são expressivos, se comparados com os obtidos em passado recente. Em 1990, com o Plano Collor, as empresas obtiveram lucro sobre o patrimônio de 1,3%; apuraram prejuízo médio de 5,2% em 1991 e de 0,9% em 1992 e voltaram a ter lucro de 1,3% em 1993. O endividamento (dívida com bancos, fornecedores e com impostos) cresceu de 42% nos primeiros nove meses de 94 para 57,9% no mesmo período de 95. Isso significa que a empresa possui R$ 100 de recursos próprios para cada R$ 57,90 de dívida, ou seja, as companhias estão capitalizadas. Alberto Borges Matias, diretor da Austin Asis, diz que o índice de endividamento de 57,9% é baixo, se comparado ao de 200% nos Estados Unidos. As empresas brasileiras procuram não fazer empréstimos, por causa das altas taxas de juros do mercado financeiro e evitam se financiar com fornecedores, pois eles praticam juros semelhantes (7% ao mês) aos dos bancos. As vendas das 50 companhias analisadas haviam crescido, em termos reais, 33% nos primeiros nove meses de 1994 em relação ao ano anterior. As receitas das mesmas empresas evoluíram 12,9% nos primeiros nove meses de 95 em relação à mesma época de 94. Os maiores aumentos das vendas ocorreram nos setores de bebidas e fumo (94%); eletroeletrônicos (68%) e alimentação (57,8%). Após o Plano Real, houve aumento expressivo nas vendas do setor alimentício, com crescimento real (acima da inflação) de 57,8% nos primeiros nove meses de 95 em relação ao mesmo período do ano anterior. Texto Anterior: Empresa investe em produção de imagem Próximo Texto: Fusões devem prosseguir Índice |
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