São Paulo, terça-feira, 28 de novembro de 1995
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Mangalarga Bonfim decepciona criador

DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar da boa qualidade dos animais da oferta, o leilão de liquidação do plantel do criador de mangalarga Estanislau Martins, realizado no último dia 20, em São Paulo, não obteve bom resultado.
"Consegui uma média de R$ 3.500. Esperava mais", afirma Martins, proprietário do haras Bonfim, localizado na região de Campinas, no interior de São Paulo.
Ele atribui o resultado à má fase vivida pelo mercado de compra e venda de cavalos.
"O que está acontecendo é que cavalo de raça não é considerado produto de primeira necessidade e quem compra quer pagar muito barato", afirma o criador.
Ele diz que voltou com uma parcela dos animais para casa.
Segundo Martins, nas circunstâncias atuais, os criadores, em sua maioria empresários, preferem investir o dinheiro em outros setores, ou então na própria empresa.
Um fato agradou Martins. Das 17 éguas que ele apresentou para negócio, quase todas encontraram compradores.
"Isso é muito importante e eu estava torcendo para que acontecesse", diz.
Ele não desejava retornar com as éguas para seu haras.
Martins diz que somente as potras não tiveram liquidez.
"A vantagem é que agora eu não preciso aumentar o plantel, pois daqui a dois anos elas se tornam éguas", explica.
O leilão foi realizado no buffet Érico, casa cujo recinto de leilões foi aberto recentemente na zona sul de São Paulo.
Martins afirma que apresentou 34 fêmeas e três garanhões para venda.
Ele cria mangalarga desde 1979. Os animais do leilão foram selecionador por João Tolesano, um experiente técnico da raça.
As fêmeas selecionadas por Tolesano estavam prenhas dos garanhões Ipiranga RN, Pau Brasil e Verniz RB, titulares do haras de Bonfim.
Segundo Martins, o pedigree de suas éguas, além de as mesmas encontrarem-se prenhas dos citados reprodutores, despertaram o interesse dos compradores.

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