São Paulo, terça-feira, 28 de novembro de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Venda da Light depende do Senado e só poderá ser feita no próximo ano

FRANCISCO SANTOS
DA SUCURSAL DO RIO

A privatização da Light Serviços de Eletricidade, que o governo pretendia fazer este ano, só deverá ocorrer a partir de fevereiro de 96.
A diretora do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para a área de privatização, Elena Landau, disse ontem que o edital de venda da empresa deverá ser publicado em "meados de dezembro".
Para que isso ocorra é necessário, primeiro, que o Senado aprove a divisão da empresa em duas -Light operacional, a ser privatizada, e Light Participações, que vai gerir a participação acionária da empresa na Eletropaulo.
Depois será convocada uma assembléia geral de acionistas da Light para aprovar o preço mínimo da empresa, outra pré-condição para sua venda.
O preço está sendo reavaliado pelo BNDES por causa do reajuste médio de 18% nas tarifas da empresa concedido este mês.
Após a publicação do edital serão concedidos de 45 a 60 dias para que os investidores estudem a oferta e se articulem para disputar o controle da empresa em leilão.
Ontem, a diretoria da Light informou a representantes de investidores que a parte operacional da empresa teve de janeiro a setembro deste ano um lucro líquido de R$ 76,68 milhões, 9,5% maior do que os R$ 70,02 milhões do mesmo período de 94.
Este resultado se transforma em prejuízo de R$ 58,75 milhões (R$ 90,47 milhões no mesmo período de 94) quando o balanço da empresa incorpora a equivalência patrimonial referente aos 47% de participação que ela tem no capital da Eletropaulo.
Nos nove primeiros meses deste ano a Light faturou com geração e distribuição de energia R$ 1,32 bilhão, 4,3% menos do que no mesmo período de 94. Isso decorreu da redução do valor médio da tarifa, que passou de R$ 68,11 por megawatt/hora em 94 para R$ 64,60 neste ano. Com o reajuste de 18% a tarifa passa a R$ 73,00.

Texto Anterior: BC continua no Banespa por mais 4 meses
Próximo Texto: Chilenos vão integrar consórcio
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.